"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original."
(Albert Einstein)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Encantamento de Lily Dahl

J
á faz um tempo que eu queria abrir mais essa categoria aqui no P.a.r.a.f.e.r..n.á.l.i.a., mas não sabia por onde começar. Adoro ler e ultimamente um bom livro tem sido uma companhia e tanto. Não sei porque eu demorei tanto para me associar a biblioteca local. Acho que quando a gente está longe de casa a ficha demora a cair. Em fim, o importante é que agora eu posso ler quantos livros eu quiser. A variedade de gêneros, autores e títulos é grande o bastante para me deixar tonta na hora de escolher o que levar pra casa, principalmente quando se trata de publicações internacionais. Além do mais, não devemos julgar o livro pela capa não é mesmo? É por isso, que sempre recorro a seção de recomendações, que por aqui leva o nome de "Quick Pick".

Há uma semana atrás, terminei de ler 'The Enchantment of Lyly Dahl' (título em português: O Encantamento de Lily Dahl) de Siri Hustvedt. Considerado um dos 'best sellers' de 2008, o romance tem como cenário a pequena cidade Webster em Minnesota e conta a história de Lily Dahl, uma jovem de 19 anos que sonha em ser atriz. Entre pequenos trabalhos, Lily ganha a vida mesmo como garçonete do Café Ideal, onde sua vida se repete dia após dia sem grandes sobressaltos e de onde assiste de camarote a rotina apática de cada um dos freguêses assíduos. Um deles é Martin Petersen, um amigo de infância de caráter arredio que com seu balbuciar gasguento arranca arrepios e intriga Lily. O garoto acumula uma obssesão inquieta pela jovem que causa no leitor apreensão e também inquietude. Da janela de seu quarto, ela observa secreta e silenciosamente Edward Shapiro, um atraente e misterioso pintor nova-iorquino que vive em um quarto de hotel, com quem a heroína viverá um romance. A harmonização entre os dois é voluptuosa e sensual e ao mesmo tempo ordinária se comparada à qualquer relacionamento. Mesmo assim o envolvimento dos dois personagens não escapam das más línguas e viram tema nas rodas de fofoca da cidade. Outros personagens aparecem com bagagem cheia de esquisitices ao longo da história temperando assim o cotidiano dos habitantes de Webster e dando ao romance um tom de suspense mais intenso. 

Uma das histórias mais intrigantes que eu já li. É com uma enganadora simplicidade que Hustvedt dá vida a uma verdadeira heroína a moda antiga, e é com bastante frequência que ainda penso em Lily Dahl, como se ela ainda existisse. Imperdível!